Se é que existe, para quem acredita, o Amor é realmente uma busca interminável, o desejo insaciável de encontrar a nossa cara metade com quem construir uma vida e partilha-la, sem nunca estar seguro que aquela pessoa sim essa pessoa, é realmente "o verdadeiro amor das nossas vidas."
Se existem inúmeros fãs incondicionais de uma pessoa predestinada a nós e nós a ela, existem inúmeros críticos, com argumentos de peso, científicos e lógicos que deixam a dúvida, mas só isso mesmo deixam a duvida, porque os que acreditam, podem por em causa, mas não deixam de acreditar, porque existem verdadeiros casos de amor, relatos de pessoas que depois de uma vida junta, contam a louca historia que viveram no dia em que se conheceram e como as suas vidas passaram, a partir de ai, a ser vividas em consonância com o Amor.
Acreditando, pode ser que o amor, seja eterno mas vivido fugazmente, num pequeno momento ou durante anos, desde que correspondido, será sempre o verdadeiro amor, mesmo que se acabe por caminhos separados, que ideia confortante esta do amor, ...
Se é assim, então só pode existir duas consequências lógicas a concluir ou nem toda gente tem direito ao verdadeiro amor, nem todos tem direito a uma cara metade ou então o amor é fruto de uma casualidade gigantesca, tanto que a nossa busca pelo amor pode ser inútil e infrutífera durante toda a vida, encontrar a nossa cara metade, está demasiado dependente das leis do caos e do cosmos ou de deus ou deuses, pois aquela pessoa pode estar constantemente, a cruzar-se e descruzar-se, conosco no café, na repartição das finanças, ser nossa vizinha no mesmo prédio, mas nunca chegarmos a cruzar um olhar e quando isso acontece, que fazer ? Como fazer para voltar a encontra-la? Que fazer para falar com ela e que lhe dizer? São tantas as causalidades que tem estar alinhadas para que o tal o dito verdadeiro amor se despole, que mais probabilidade há em ganhar o Euromilhões, no entanto quem acredita nem pára pra pensar nisso e procura continuadamente, embora não adianta procurar, apenas abrir os olhos e estar atento, não vá a nossa cara metade passar, o resto é confiar no curso natural do caos, se bem há quem lhe chame destino!
Esta é a curta metragem da Disney que o demonstra de uma forma natural e fluida.
Paperman
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